Conto Erótico: O Soldado Espartano.
- Ciro da Pérsia
- 11 de mai. de 2017
- 10 min de leitura
Atualizado: 2 de out. de 2021

Eu estava no caixa do supermercado, passando as compras, quando o cliente me ligou pedindo informações. Ele parecia inseguro ao falar e deu uma desculpa que não colou: “um amigo seu havia lhe passado o meu contato”... Trabalho com discrição absoluta. Meus clientes não precisam me fazer a gentileza de indicações, que poderiam colocar nossos encontros na mira da suspeita e da indiscrição, a título de divulgação porque eu posso pagar por ela. Desliguei o celular para poder pagar as compras. E ele voltou a fazer contato pelo whatsapp logo em seguida no mesmo dia. Continha essas palavras:
“Olá Ciro. Boa tarde. Vi seu blog e me interessei muito pela massagem, nunca fiz, primeira experiência, será que tem uma vaga hoje para mim? Pode agendar as 18h? ” E quando eu abri a porta, na hora combinada, entrou o incrível Hulk no estúdio. Ele era um pouco mais baixo que eu talvez mas, muito mais forte. Cara de macho silencioso, discreto, aliança no dedo, um cheiro bom de homem exalava dele. Tirou a camiseta e eu pude ver um ombro e um bíceps tatuado ao estilo das tribos do Tahiti. Um finíssimo cordão de ouro foi a última coisa que ele retirou antes de ir pro banho. Minha rola já tava dura de sentir a presença daquele homem muito autêntico na sua masculinidade.
Tínhamos combinado uma massagem sensual eu retirei minha roupa e pendurei próximo de onde ele havia feito o mesmo. Senti uma atração forte pelo cheiro da camiseta dele e não resisti: cheirei regaladamente a manga da camisa dele, bem ali onde estava há pouco aquele que eu supunha o sovaco mais cheiroso do mundo. Me distraí e esqueci de levar a toalha para o cliente. Abri os olhos e me percebi flagrado. Ele me fitava (através do espelho do banheiro) com uma tranquilidade curiosa no olhar. Fui até a ele de pau duro e toalha na mão. Ignoramos a minha gafe e iniciamos a massagem. Confesso que não me envergonhei muito do flagrante. O cheiro dele era irresistível!
Ele se deitou e lá fora a noite caia vagarosamente enquanto eu massageava aquele corpo fenomenal. A maca havia se tronado pequena em relação ao corpo do cliente. Seus ombros eram tão largos que saiam pra fora dela. Suas coxas eram como troncos. Seus pés: grandes, bem torneados e absolutamente perfeitos. Beijei um deles durante a massagem. Eu tocava firme e deslizava por uma paisagem de músculos. Minha ereção foi constante e eu me senti livre para tocar todo seu corpo com meu pau, dando a ele toda liberdade de segurar. Ele não segurou. Calmo, seguro, silencioso e inerte agente passivo da massagem. Sem antecipações. Tudo na sua hora. Tudo consensual.
Quando ele já estava de barriga para cima voltei a massagear novamente os seus pés. Notei que a partir daí sua ereção era cumplice da minha. Durante todo o tempo em que permaneceu na maca eu estimulei eroticamente várias partes do seu corpo: os mamilos, o saco, a pica, dava o meu pau para ele segurar e quando vi que “dava” dei o piru na boca dele para caso ele quisesse experimentar. E experimentou. Timidamente no início e cada vez melhor a medida que prosseguia. Não acho justo negar que ver aquele homem gostoso e de aliança me mamando é excitante demais. É comum eu me masturbar antes de dormir lembrando clientes como esse...várias vezes.
Ele já havia me chupado e eu já feito o mesmo por ele: hora de arriscar mais um pouquinho de liberdade. Hora de conquistar mais um pouquinho de confiança. Pedi pra ele se deitar de lado na maca com a bunda pra fora. Ele hesitou um segundo mas, fez. Eu lubrifiquei prontamente seu cu profundo entre duas bolas de basquete peludas. Acariciei com calma e coloquei a camisinha no meu pau duraço. Fiz uma cereja de gel na cabeça do meu pau e pincelei o rego dele de auto a baixo com ênfase ao passar pela porta do cuzinho. Ele não gemia. Era tomado de uma mudez condescendente que não indicava o que queria fazer mais ia se permitindo a cada passo um pouco mais.
Pedi para que ele descesse da maca e se deitasse sobre ela, pernas no chão, e o cu virado pra mim. Ele não cedeu facilmente a ficar nessa posição mas, estabilizou o suficiente pra eu pressionar de leve o cu profundo e apertado na bunda musculosa. O cu dele era impenetrável. Uma coluna de concreto que minha broca não furava. Ele sabia o que tava fazendo. Esse cara não tem o hábito de dar o cu. Ele quer apenas sentir uma piroca sem precisar se aprofundar nela. É um sexo anal despretensioso. Sem gula. E eu curto isso! Passado mais esse round no “touro indomável”¹ pedi que ele me ajudasse a transferir o lençol descartável da maca para a cama. Forramos a cama e nos deitamos nela.
Partimos para um 69 de piru com piru na boca de cada um. Ele, que era mais forte, me jogou pra cima com facilidade e abocanhava minha pica duraça até na goela. A rola dele era perfeita e muito dura; uma ereção tão constante quanto a minha. Uma verdadeira parceria de piroca. Nos chupamos por um tempo que parecia interminável. Eu mudei de posição subitamente no jogo e fui paras as costas dele. Recomecei a passar a rola no seu rego fazendo breves mas, pontuais paradas no seu cu. Ele era grande e eu evitava exigir muita mudança de posição. Assim aproveitava bem o privilégio que ele me concedia na posição que fosse mais conveniente para ele. Tudo que é raro e difícil é mais picante.
Tudo estava uma delícia para ambos mas, a precedência é sempre do cliente: ele tinha que gozar, eu tinha que ajuda-lo nisso. Não me recordo se ele gozou deitado ou de pé mas, me lembro bem de deixa-lo estendido sobre a cama; enquanto eu corria para o banheiro para ver no espelho uma larga mancha de porra na minha face esquerda que descia para os lábios e escorria pelo queixo até o peito. Bati uma punheta em frente ao espelho de corpo inteiro e gozei farto sobre o meu próprio abdômen. Acrescentando a minha porra a dele sobre o meu corpo, eu aumentava ainda mais o apelo erótico do meu reflexo no espelho. Tomei um banho e ele tomou outro depois de mim.
Se vestiu e me pagou sorrindo 200 reais. Às vezes eu me espanto de um homem daquele quilate me pagar. Aí me forço a lembrar as razões que ele tem para estar me pagando. Ele me paga para receber uma massagem de qualidade. Sou pago para realizar fantasias sexuais que não alcançam a realidade de um homem casado. Me paga para fazer coisas que não cabem em família. Paga por sigilo, discrição e total falta de consequências. Me paga para ficar uma hora a sua disposição, em tudo aquilo que eu estiver de acordo a fazer, para lhe agradar. Eu presto um serviço.
Vinte e um dias após a nossa primeira sessão ele voltou a fazer contato: “Ciro, boa tarde! Tem vaga para mim hoje? Agora a tarde? ”. Eu respondi afirmativamente e ele fixou 14:30 sua chegada, disse que quando chegasse próximo me avisava e me fez mais uma pergunta que me surpreendeu pelo erotismo masculino contido numa fantasia popular: “Tem problema em ir fardado? É que eu sou militar e não trouxe hoje a roupa civil”. “Nenhum”, respondi atônito. Que farda seria? Viria armado? Eu tinha 30 minutos para recebe-lo e comecei a organizar cada aspecto da sessão: a música, o incenso de flor de laranjeira, a troca de lençóis, as toalhas, a disposição das plantas, os ventiladores...
Tudo em ordem para recebe-lo, fui para o banho mas, me achei muito barbado para uma aparência profissional. Calculei mal o tempo de me barbear. Enchi o pincel com espuma e a espalhei por toda a barba. Estava na metade quando a campainha tocou... Me enganara na contagem regressiva e ainda havia sido pego de surpresa (o porteiro não havia anunciado a subida de ninguém...). Não me fiz constrangido: amarrei uma toalha branca na cintura, abri a porta sorrindo com metade do rosto coberto de espuma e a outra metade lisa. Ele me olhou direto nos olhos sem dizer uma palavra. Vestia uma farda verde completamente camuflada de alto a baixo, barba feita, olhar de pedra e coturnos pretos reluzindo.
Já queria dedicar a esse cliente um conto quando ele veio a primeira vez (já estava arquivado aqui na mente). Depois que ele fez isso eu sou obrigado né?! Sou obrigado a dizer pro mundo que isso acontece né! Homem fardado está entre as primeiras fantasias de qualquer pessoa que curta homem. E para realiza-la há quem recorra a um garoto de programa fantasiado com uma farda incompleta, óculos escuros e jock-strap (ou o que é menos surpreendente: cueca Calvin Klein). O que acontece aqui é um reality show, não um baile de máscaras. A farda aqui é completa, o soldado é verdadeiro, a masculinidade é sem afetações, o macho vem com selo de autenticidade, termo de garantia e é casado.
Se subiu sem o anúncio do porteiro é porque ninguém pede satisfações ou identificação de um militar fardado no Brasil. Ninguém barra entrada de um homem camuflado da cabeça aos pés nesse país! Sabemos bem porquê. Expliquei a ele que precisava acabar a barba, que ele podia ir se despindo enquanto isso. No banheiro, diante do espelho, abençoava a sorte dele estar vestindo uma indumentária complexa que exige um tempo para se despir, isso me dava aquele que eu precisava para terminar a outra metade do rosto. Também amaldiçoava o meu perfeccionismo que roubara de mim o privilégio de ajuda-lo a retirar cada peça de roupa, de afrouxar calmamente os cadarços de cada coturno e retirar dali aquele par de pés perfeitos que eu não havia esquecido.
Barba feita, convidei ele a tomar seu banho. Encontrei-o sentado de cueca, com uma expressão melancólica ouvindo Chopin². Levantou-se e fez questão de um banho frio numa tarde fria e chuvosa... Habituado que está a uma disciplina espartana. Voltou e deitou se de barriga para baixo na maca. Cobri seu corpo com uma toalha para que não esfriasse ainda mais devido aos ventiladores. Pedi a ele o tempo de tomar eu um banho. Disse lhe o quanto me era incomodo começar uma massagem sem estar de banho tomado. Ele sorriu e acenando com a cabeça permitiu. Que homem lacônico! O modelo perfeito de soldado espartano, grande, forte, sério, másculo, viril e de poucas palavras.
Durante banho (quente pois, sou disciplinado na arte do amor e não da guerra) entendia o efeito relaxante de Chopin para os ouvidos de um homem habituado a rigidez militar. Encontrei-o profundamente relaxado. A massagem transcorreu tão calma e tranquila como a primeira mas, com o diferencial de que minhas mãos matavam a saudade daquele corpo fenomenal. Ao virar se para cima, principiei pelos seus pés e num impulso de atração irresistível beijo um deles mais uma vez. Percebi que ele ressonava em algum estágio do sono e imaginei “o repouso merecido do guerreiro”. Deslizei pelas suas pernas e subi pelas suas coxas grossas, seu pau de leve despertava. E se erigia em forma de mastro sem bandeiras.
Sua pica era do tipo que me dá vontade de dar só de olhar. Mas vontade passa. E os interesses do cliente, nesse sentido, vem antes dos meus. Porém, advirto: se você gosta de (ou eventualmente pensa em) dar o cu; aquele é o homem pra você dar todos os dias. Pica linda, reta, toda proporcional, glande perfeita, pentelhuda e rigidez militar. Me submeti e mamei com gosto a dita dura. Ele a tudo cedia sem baixar a guarda. Levei meu pau duro para a altura da sua cabeça, ele hesitou uns segundos mas, o incentivei a se deitar de ladinho, como da primeira vez, para melhor poder experimentar o pau na boca. Ele cedeu e começou uma chupada tímida que só foi melhorando ao passo que minha rola, enrijecida ainda mais pela hesitação dele, escorregava nos lábios macios.
Fizemos o mesmo itinerário erótico da primeira vez: iniciei a estimulação anal dele na maca e depois passamos para cama. Lá arrisquei ir mais fundo na sorte. Testar a resistência do soldado. Minar a segurança das trincheiras. Ver até onde ele se permite ter prazer. Já estava de camisinha e já havia lubrificado o cu dele. Recomeçamos nossa recreação artística com vigorosas pinceladas no seu rego cabeludo. Seu cu era uma fortaleza medieval: impenetrável. Mas toda fortificação tem um ponto fraco. Apostei na paciência e fique de plantão com a cabeça do meu pau de sentinela na porta do seu cu. Brasileiro que sou esperei com calma até que o AI-5 perdesse o vigor e o congresso se abrisse. E abriu-se, pela segunda vez, no mês de abril um pouco mais que da primeira.
Ele deitado de ladinho, com as mãos apoiando o rosto como se fosse travesseiro, olhos bem fechados, seguro de que o parceiro não vai arriscar nenhuma manobra brusca para violá-lo. As paredes da entrada de seu cu cediam até certo limite mas, o soldado não se permitia um gemido. Forçava cuidadosamente o cu pra trás, dando ré na minha rola mas, não estabilizava a cabeça alojada na guarita. Bravo guerreiro! Fez o que quis e o que pode para explorar um pouco mais de prazer do seu próprio anus. Pra mim é uma honra colocar o meu pau serviço de quem serve a pátria amada mãe gentil. Iniciar no sexo anal um homem que está para o Brasil como o samurai está para o Japão.
Cansado e já talvez ardido de tão vigoroso esforço ele se rendeu ao oral e passou um tempo, pra mim prazerosamente interminável, pra ele satisfatório em romper com as convenções e chupar, sem culpa, um rolão duro tão duramente desejado e reprimido. Lambia-me até os ovos. Posicionamos um 69 para a contrapartida ficar mais equilibrada. Nos mamávamos quando ele afundou minha cabeça até o talo do seu saco e gozou o mais fundo que pode. Tive que travar toda a passagem de porra quente que ele injetara fundo na minha goela para não engolir a gala. Dava para sentir o gosto amargo mas, eu não vacilei em náuseas diante do soldado. Fui direto para o banheiro.
Ele tomou um segundo banho frio em seguida. Deitei na cama e me masturbava pensando nele, pensava que da primeira vez ele gozara uma agua viva na minha cara, e que agora ele havia enchido minha boca de leite. Imaginava o que ele poderia fazer daí por diante, só vi promessas boas de um futuro tão incerto quanto promissor e gozei farto, urrando alto, seguro de que não poderia ser ouvido, devido ao barulho do chuveiro e aos noturnos de Chopin. Ele saiu do banho frio e eu entrei no quente, todo gozado. Ao sair do banho ele já estava quase completamente fardado. Ajudei-o a colocar a jaqueta militar com todas as insígnias e indícios de patentes indecifráveis para mim. Li seu nome de guerra que ficou gravado a ferro na minha memória. Mas isso eu não digo nem sob tortura.
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